A sociologia e a moralidade da República

 

A moral da coisa pública vem sofrendo ataques ou mutações. Será?

Não à toa temos visto a crescente crise de moralidade da República. Seria este o preço a ser pago pela Democracia?

Para tanto se faz necessário que entendamos etimologicamente o sentido da República, que nada mais é do que coisa pública.

O país em que vivemos escolheu sua forma de governo, de estado, de política, a saber, somos uma “República Federativa do Brasil” e para tanto devemos arcar com esta decisão soberana e livre.

A Sociologia nos faz ter uma visão estratégica das coisas e dos fatos, e, portanto observamos que a coisa pública, o zelo pelo que temos em comum, por tudo aquilo que compartilhamos enquanto povo, nação, país tem sofrido constantes mutações.

Sim, as mutações nem sempre benéficas para o conjunto da sociedade nos inquieta, talvez por sua origem sempre corrompida na esfera do poder ou mesmo na base da pirâmide, o povo.

Somos categóricos em afirmar que o mal de todo o tecido social está na política e esquecemos que nós somos direto ou indiretamente responsáveis pela coisa pública ou por aqueles que têm a missão de prover a República, os agentes públicos eletivos ou não?

Zelar pelo patrimônio público, pelo bem estar social, pela pracinha da cidade, pelo curso do rio, pela polda das árvores, pelo transporte público de qualidade, pela construção de uma escola, de uma creche enfim tudo isso é uma arma contra a crise de moralidade da coisa pública.

A moralidade da coisa pública não é extremismo, legalismo, ortodoxia antes é um compromisso de todos, da coletividade, da sociedade, do conjunto das comunidades, de todas as tribos, de todas as raças, de todos e de cada um de nós.

Que tal nos unirmos em favor da coisa pública? E do bem? E da moralidade? 

*Artigo escrito por Carlos Ferreira da Silva, graduando do curso de Sociologia pela Universidade Paulista - Polo Patos-PB.