Parece que a história nos prega uma peça como que a devolver a efervescência dos anos 90 e reavivando nas consciências uma pergunta que não quer calar: Que país é este?
Certamente a primeira resposta que nos assalta o orgulho seria de constatar que somos a República Federativa do Brasil, a 7ª economia do mundo, uma democracia consolidada.
Será mesmo? Um olhar sorrateiro para a realidade do nosso país, mergulhado numa grande crise ora revestida pela matemática e pela economia e em outros momentos por uma forte crise política, ética e de valores nos diz o contrário.
Surgem de todos os lados teses acerca do atual momento que passa o nosso país, contudo precisamos estender um branco lençol pondo as cartas sobre a mesa, sem paixões ou ideologias.
Uma certeza está encravada no peito de cada brasileiro, de que do jeito que está não dá para continuar, precisamos rever nossos conceitos, reacender nossas esperanças e como gigantes lutarmos por nosso torrão natal.
Nunca foi tão necessário tomarmos posse daquilo que apregoa nosso hino nacional brasileiro: "Um filho teu não foge a luta"! Pois bem a construção de uma nação forte, progressiva e feliz depende de todos e de cada um.
Esta quadra da história repleta de crises é sobremaneira um convite à nacionalidade, ao patriotismo fazendo valer nosso poder transformador da realidade social e, por conseguinte das demais estruturas do poder.
Já não temos os rostos pintados nas cores de nossa bandeira, mas antes temos uma imprensa livre, a enxurrada das redes sociais e o povo novamente nas ruas a proclamar como um mantra as mudanças estruturantes, as reformas desejadas e o compromisso daqueles que detém o poder nas mãos.
Engana-se quem pensa que poderá manobrar a grande massa, induzir ao erro os que pensam diferente, calar a voz rouca das ruas, abafar os escândalos de corrupção, apresentar relatórios embutidos em CPI ou mesmo afastar de vez o fantasma do Impeachment.
Os sentinelas da ordem democrática, os guardiões da ética, os soldados enfileirados pelo bem comum estão de prontidão, ávidos por justiça, sedentos pela paz, entrincheirados para a batalha final, para hastear no mais alto de nossa consciência nosso pavilhão nacional e bradar: "Que país é este?!?"
*Artigo escrito por Carlos Ferreira da Silva, graduando do curso de Sociologia pela Universidade Paulista - Polo Patos-PB.